Capítulo 21

Vanessa terminou de fazer as malas com ajuda de Paul, a conversa que tinha tido era entre “perdoa me” e “amo te”, mas ambos sabiam que estava impossível de manter uma relação, ou quanto mais de existir um casamento. Vanessa decidiu não sair dali sem antes falar com David e Starla, não ouve gritos mas grandes desgosto, parecia que tudo estava perfeito e de repente tudo começou a cair por terra e tornou se tudo menos em perfeição.

Zac: Onde é que Vanessa está? – Perguntou ao entrar em casa e ver que todos olhavam para ele com certo rancor.

Paul: Porque queres saber…- Levantou se caminhado rápido até ao irmão. - Queres lhe dar um último beijo de despedida?

David: Não vamos discutir. – Pediu levando a mão ao peito fingindo dor para não haver nenhum tipo de descuçãos. – Zac vamos, até ao escritório eu preciso de falar contigo. – Ordenou e para Zac foi difícil passar ao lado de Paul que olhava com o maior odio do mundo. – Senta-te. – Pediu depois de fechar a porta do escritório. – Eu pensava que me tinhas dito que te manterias longe. – Sentou se na frente de Zac que não tinha coragem de olhar os olhos de seu pai.

Zac: E eu tentei…- Engoli-o seco apesar de tudo ele não conseguia se sentir errado sabia que não tinha agido bem, mas não conseguia sentir que o que ele tinha com Vanessa era errado, era amor e o amor não podia ser errado. – Mas não consegui, eu a beijei, mas só…

David: Só? – Perguntou bufando por Zac estar a levar tudo tão calmo. – Olha para mim. – Mandou e Zac não teve outra hipótese a não ser olhar. – Tu magoaste o teu irmão, eles eram noivos, não vês o que fizeste, para de agir assim assume o que fizeste.

Zac: Quer que peça desculpas por sentir? – Riu irónico mas tudo que David achava é que aquilo pudesse ter algum tipo de piada.

David: Vocês podiam ter feito as coisas de outro modo, mas não assim. – Levantou se colocando as mãos nos ombros do filho. – Eu sei o que te disse na festa, mas ela gosta de ti e tu dela…o que se pode fazer. – Zac suspirou olhando o espelho que tinha em frente via como seu pai estava serio, mas tão compreensível ao mesmo tempo.

Zac: Não me odeia? – Perguntou com medo da resposta, sabia o quanto era orgulhoso mas não queria estar sozinho, no fundo não.

David: Eu nunca te odiei… não sei porque tens essa ideia. – Voltou se a sentar na frente de Zac. – Tua mãe também não te odeia mas não gostou da tua atitude, e o teu irmão sempre te amou mas neste momento acho normal, ele não conseguir olhar para a tua cara.

Zac: O que é que eu devo fazer? – Perguntou desesperado não sabia mais para que lado se poderia virar.

David: Eu poderei a situação, e escrevi-te numa escola em Londres de artes já que amas tanto desenhar. – Olhou o filho de cima a baixo, não podia deixar que ele corresse atras de Vanessa pelo menos não por enquanto não seria certo para Pau.

Zac: Quer que eu nunca mais olhe na cara de Vanessa? – Riu irónico quando David escaqueirou os olhos, é como se lesse sua mente.

David: Pelo menos por enquanto devias-te manter longe sim…- Olhou mais uma vez Zac de cima a baixo as drogas o álcool o começava a comer vivo ele estava cada vez mais pálido mais magro, tinha até certo medo de o mandar para longe. – Ela de certo não será o grande amor da tua vida, tu és um rebelde sempre gostaste de ir contras as regras é isso nada mais. – Zac olhava atentamente seu pai, não o consegui compreender ele se contrariava.

Zac: Desculpe mas não vou cair nessa…- Levantou se da cadeira olhando o relógio. – Quer que eu me afaste de Vanessa pelo Paul mas ai eu pergunto; e se ela for a mulher da minha vida? – David não consegui responder. - Pelo que soube ela ia de comboio eu vou ter com Vanessa. – Advertiu e Davi não o impedi-o.

Zac foi o mais veloz que pode até chegar á estação de combóis e lá estava Vanessa sentada á espera do seu, ele não se conteve e sorriu correndo até ela. Quando chegou perto Vanessa olhou para todos os lados, não conseguia entender o que ele fazia ali.

Vanessa: Tu por aqui? – Mostrou se surpreendida.

Zac: Não vás. – Pegou não mão dela fazendo a levantar-se. – Fica aqui, fica comigo. – Pediu.

Vanessa: Zac eu não posso. – Ele não a deixou terminar puxou para ele fazendo seus corpos ficarem pegados.

Zac: Eu sei o que te faço sentir…eu gosto de ti, tu de mim; porque complicar? – Roçou seus lábios nos dela.

Vanessa: Porque é complicado…- Tentou afastar se dele mas ele não deixava. – Solta me. – Pediu e ele a deixou.

Zac: Meu pai acabou de me oferecer a proposta de eu ir para Londres estudar artes sabes que é o que eu amo fazer; e sabes o que eu lhe disse? – Vanessa balançou apenas a cabeça que não. – Que não iria porque não quero ficar longe de ti, eu disse-lhe que gostava de ti, e que viria atrás, e aqui estou eu.

Vanessa: Pois eu acho que fizeste errado. – Disse e o sorriso de Zac desapareceu. – Vai para essa escola faz o que tu amas, e sê feliz por favor. – Aproximou se dando lhe um pequeno beijo numa das bochechas. – Está na hora de eu ir, fica bem e cuida-te. – Despediu se entrado no comboio, e Zac não teve outra hipótese a não ser vê-la partir.

Ele não consegui-a anteder como tinha sido tão estupido ao ponto de pensar que ela sentia algo mais, por ele, logo ele não se cabia em si de tanta estupidez tinha sido burro idiota tinha-se levado pelo coração e agora tinha o destroçado. Ele correu atrás dela, disse o quanto gostava de Vanessa e ela tinha-lhe virado costas com uma leve despedida.

Ashley: Estás bem? – Colocou a mão no ombro da amiga que chorava no meio de um comboio.

Vanessa: Obrigado por teres vindo ter comigo…- Abraçou a loira quase a sufocando de tão forte que abraçava. – Eu não aguentava a viagem toda sozinha para mais no meio de um comboio que é um tédio e dá me demasiado tempo para pensar, e eu não quero…não quero pensar.

Ashley: Sou tua amiga, claro que estaria aqui…- Encostou se no banco deixando Vanessa a choramigar em seu ombro. – Tudo ficara bem vais ver. – Beijou o cimo da cabeça da amiga tentando a consolar, mas estava complicado.

Vanessa: Sim…- Limpou o rosto tentando se acalmar não queria chamar as atenções de quem estava em volta. – Tudo ficara bem – Fechou os olhos deixando se estar no ombro da amiga e logo as imagens de dois dias atrás vieram á sua cabeça, uma conversa, uma simples conversa que tinha mudado muita coisa.

Flashback

Vanessa: Queria falar comigo? – Entrou no escritório de David que a esperava impaciente.

David: Sim, entra e fecha, aporta. – Pediu, Vanessa entrou e sentou se diante daquele homem que parecia assustador para ela, parecia que ia dizer algo de serio e de repente aquele escritório tinha virado fobico. – Chamei te aqui porque precisamos de ter uma conversa. – Parou o olhar na morena que se sentia desconfortável. – Eu sei que Zac tem sentimentos por ti, eu sei que vocês se beijaram, eu vi no quarto ia a passar ouvi uns barulhos e…

Vanessa: Pare com os rodeios. – Pediu não aguentando o que ouvia.

David: Tu não podes estar com Zac e Paul, isso não está certo…tu estás a trair o teu noivo. – Apontou o dedo bem no rosto de Vanessa que cada vez se sentia pior. – Eu sei que és uma rapariga humilde mas neste momento, estás a fazer algo muito mau.

Vanessa: Eu sei, eu sei…- Levou as mãos á cara tapando o rosto de vergonha.

David: Tens que terminar com isto. – Vanessa levantou rápido o olhar não entendia se aquilo era um ultimato.

Vanessa: Senão? – Engoliu seco, ele sabia de mais.

David: Eu não te estou ameaçar, eu estou a tentar ajudar te. – Pegou na mão de Vanessa fazendo lhe um pequeno carinho. – Eu já te vejo como uma filha á algum tempo, mas eu tenho que proteger aqueles que realmente o são.

Vanessa: O que eu poderei fazer? – Respirou mais calma, talvez ele não fosse uma ameaça.

David: Não podes deixar que Paul fique nesta ignorância vais ter que lhe contar a verdade…

Vanessa: Mas assim ele e Zac iriam brigar. – Pensou na situação e detestou eles se davam tão bem naquele momento.

David: Eles lá se arranjarão, mas tens que lhe dizer a verdade, ele vai separar se de ti…mas sei como ele é, ele ama te muito irá ter contigo farão as pazes e tudo voltará ao normal entre vocês. – Sorriu, mas Vanessa não entendia onde Zac se encaixa naquela história. – Não penses que me esqueci do meu outro filho claro que não, nunca…como podes ter reparado Zac não anda muito bem, cada vez consome mais drogas então depois da morte de Taylor ele está pior. – Lembrou Vanessa que nem ela o tinha conseguido ajudar, afinal depois do beijo no quarto ela também se tinha afastando dele. – Por isso eu vou-lhe dar algo que ele sempre quis…eu vou deixar que ele desenhe se é isso que ele gosta, mas para isso preciso da tua ajuda.

Vanessa: Que tipo de ajuda? – Sentiu um arrepio no seu corpo sabia que nada de bom viria ai.

David: Zac ama te, ele vai correr atras de ti, ele não é de desistir fácil. – Vanessa sorriu por dentro só de ouvir que ele gostava dela, isso a deixava feliz apesar de tudo. – E ai que tu entras, eu sei que tu também gostas dele e que queres o melhor para ele, por isso tu vais ter que o mandar embora dizer-lhe que não queres nada com ele.

Vanessa: Como? – Questionou se ouvia bem, ela não conseguiria fazer aquilo.

David: Se queres o melhor para ele vais ter que fazer isso, afastar te…ai ele ira estudar o que mais gosta vais estar bem com ele mesmo vai recuperar do seu problema, talvez tenha lugar na minha empresa será um homem…Vanessa meu filho precisa de crescer.

Vanessa: E para isso eu tenho que dizer que não o quero perto de mim; tenho que o mandar embora? – Seus olhos se encheram de lagrimas aquilo doía dentro dela não se imaginava a fazer tal cena era demasiado, ela não estava aguentar.

David: Tu viste como a Taylor acabou…ajuda me ajudar o meu filho. – Pediu e Vanessa levou apenas alguns minutos a pensar.

Vanessa: Ele ficara bem? – Parou de pensar nela no que aquilo poderia dar e imaginou Zac como Taylor e isso não podia acontecer.

David: Sim. – Sorriu sentido que a tinha convencido para ele realmente pensava a estar a fazer o que era certo. – Estamos esclarecidos?

Vanessa: Sim, eu quero o melhor para Zac eu afastarei me dele, eu contarei tudo para Paul também não o quero magoar…eu farei isso, é o melhor, sim é o melhor. – Tentou se convencer sem ter certezas. – Apenas me dê algum tempo para tomar coragem para fazer isso.

David: Claro. – Deu a volta á mesa e abraçou Vanessa que tentava não chorar ao pensar em tudo que viria.

Fim de Flashback

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